A meio de uma amena conversa entre a minha família e um senhor amigo , comentava-se a sua visita á Suíça... semelhanças.. diferenças até que surge o mais que obvio campo económico (de pedra e cal sempre que se aborda um país com maior prosperidade económica). Falou-se casualmente dos cheques, o meu pai conta que quando lá foi calhou a perguntar como era na Suíça quando alguém passava cheques carecas. Disseram-lhe que lá quase não haviam cheques carecas pois quando isso acontecia o processo área rápido : contactar a policia e ir conjuntamente com ela reaver o capital em três “knocks on the door”. Este deveria de ser recebido no momento, preferencialmente em numerário sendo em géneros sempre que o dinheiro vivo escasseasse na bolsa do devedor. Talvez em Portugal se ganhasse muito com a menor burocratização do nosso sistema de justiça. No mínimo uma política semelhante surtiria três efeitos positivos:
- maior responsabilidade na contracção de dividas.
- repromoção da poupança (actividade aparentemente em vias de extinção em território nacional)
- maior sentimento de justiça e cooperaçaõ estatal na defesa dos valores privados.
ressalvo obviamente os atalhos na realidade promovidos pelo discurso informal mas permito-me a especular como a justiça pode ser um processo célere e menos burocrático quando pensado de forma diferente da portuguesa.
Agora um pouco em jeito de opinião pessoal, acredito que a justiça é um valor moral cultural e sobretudo informal que o sistema legal tenta burocratizar. A burocratização da justiça poderá ter as suas vantagens mas vista na balança da moralidade, ou seja, pela lente da cultura ao invés da lente puramente jurídica a justiça deveria de deixar de lado o símbolo que a caracteriza, a clássica balança de dois pratos. A balança apenas é possível de equilibrar através da moral social que é a origem critica da justiça de todos nós tal como a recebemos da cultura pelos nossos pais e pelo discurso informal da sociedade em nosso redor.
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