segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Colonialismos e Valores nas suas várias acepções

Passei para deixar uma dica para um excelente filme do realizador Jorge Paixão da Costa.
Um filme origem portuguesa, sobre a história portuguesa.
Uma reflexção sobre o Portugal dos finais do século XIX que discorre sobre as várias acepções da colonização e tece uma forte critica á alta sociedade de então... tudo em torno do MISTÉRIO da estrada de Sintra...






Por ter sido escrito entre a pena de Eça de Queiróz e a de Ramalho Ortigão segue uma bela passagem do seu texto adaptado ao filme.

"Conde Jorge Valadas -- pois saiba que os portugueses e as portuguesas dizem muitas coisas e fazem muitas mais, e quanto a impérios, ainda está para vir um que não caia.

Capitão Rytmel -- Ainda no outro dia me disse que os ingleses tinham feito um trabalho verdadeiramente civilizador na índia, uma transformação muito fecunda
Vasco -- Eu bem gostava de saber que transformação fecunda foi essa? que transformou toda aquela poesia quase de marfim numa coisa chata, trivial e suja de carvão e que trata a doce raça dos índios como se fossem cães irlandeses, e ensina-os a jogar criquet, e faz belíssimos cruzeiros sobre o Ganges destronando os seus legítimos reis enquanto que do outro lado do mundo sua majestade lhes envia uns sujeitos de suíças, crivados de dividas, que vão deportados governar quem lhes é mil vezes superior.
E quem é que faz tudo isto capitão Rytmel? ; a sua Inglaterra!
uma ilha feita, metade de gelo, e a outra metade de gordura e rosbife; habitada por piratas de colarinhos altos e odres de cerveja!"


UM FILME A NÃO PERDER.

domingo, 19 de outubro de 2008

E se deus não existe?

Crescemos, a maioria de nós, enliados em verdades absolutas e dogmáticas: Deus existe, o Ocidente é o berço e o acordar da civilização, a economia é um paradigma intocável e inalterável, os países de terceiro mundo nunca passarão a segundo e muito menos a primeiro, isto e muito mais, deu-nos a sensação de segurança que nos permitia olhar o presente, como se ele fosse ao mesmo tempo, presente, passado e futuro. Esquecemos, a maioria de nós, de olhar para trás e constatar , por exemplo, que os E.U.A. têm cerca de duas centenas de anos, que muitas civilizações importantes se localizaram fora da Europa, a Inca, a Azteca, a Egípcia, etc, e que a história está repleta de vertiginosas ascenções e muito mais rápidas implosões catastróficas e que o conceito de "Terceiro Mundo" foi estabelecido pelo demógrafo francês Alfred Sauvy, em 1952 e utilizado em 1955 na conferência de Bandung. O que todas estas presunções têm em comum? O facto de serem apenas verdades históricas, seus produtos e não verdades naturais ou não inventadas ( se é que as não inventadas são passíveis de conhecimento).

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Ciência...ausência de poesia?

O que ganhamos com a ciência, é afinal tristeza (Thomas Hardy).

Será??