terça-feira, 30 de dezembro de 2008

BE NORMAL! snälla...

Seguindo dois dos temas que têm vindo a ser recorrentes neste blog, a trans e a homossexualidade, gostaria de deixar duas recomendações de filmes OBRIGATÓRIOS :)

Em ambos os filmes está presente um, ou quem sabe "o" verdadeiro problema da homo e da transsexualidade: A pressão social para uma "adesão" á normalidade estatistica.



Ma vie en rose (1997)

IMDB

Torrent

Fucking Åmål (1998)

IMDB

Numa frase: "Como sair, do armário (Literalmente)"



Torrent

sábado, 6 de dezembro de 2008

A LESBIAN IS NOT A WOMAN

One is not born a woman, frase de Monique Wittig, publicada num artigo com o mesmo nome, na revista Feminist Issues. Tem como leituras, a de que a categoria sexo não é natural, nem invariável, mas que tem sim um uso político específico de uma categoria da natureza que serve o propósito da sexualidade reprodutiva, o que também é sustentado por Gayle Rubin que veremos mais à frente. Para ela não faz sentido dividir a humanidade em masculino e feminino, senão for para servir os interesses da sexualidade heterossexual, com fins reprodutivos, entre outros interesses implícitos, como por exemplo o conceito tradicional de família. Assim, ao contrário de Beauvoir, Wittig considera não haver distinção entre sexo e género, a não ser que seja para servir os interesses políticos da heterossexualidade. O outro aspecto em que Wittig se destaca é no facto de o “ser” mulher, apenas ser concebível dentro de um equilíbrio de forças entre homens e mulheres, ou seja dentro da relação de poderes da heterossexualidade normativa. Assim, para ela: a lesbian is not a woman (ibidem:153), porque numa relação entre mulheres não há feminino.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Reflectir sobre o porquê das coisas



"Antigamente o parceiro de Portugal no fundo de todas as tabelas europeias era a Grécia, por vezes a Espanha. (...) Agora Portugal passou a ter comparação com alguns países do Leste europeu."


João Paulo Guerra, Jornalista in "Diário Económico", 2-12-2008

Portugal é o sexto país mais pobre da OCDE (Organização para a cooperação e desenvolvimento economico) e os dados revelam que a riqueza nacional portuguesa vale menos 28 por cento que a média dos países desenvolvidos.

No topo da tabela estão o Luxemburgo, a Noruega e os Estados Unidos da América. Mais no fundo e atrás de Portugal, estão apenas a Hungria, a Eslováquia e a Polónia, três países da União Européia, membros da OCDE, assim como o México e a Turquia. Portugal foi em 2005 ultrapassados pela Republica Checa e apesar de estarmos mais pobres que países como a Coreia do Sul e a Grécia pagamos mais pelo que consumimos e mantemos o ritmo de consumo.

Consumimos, consumimos caro, e sobretudo não temos consciência de que consumimos caro. Mas basta dar uma voltinha por fora destas quatro paredes para nos apercebermos de que algo está determinantemente mal com o sistema português.

Abaixo duas fotos que tirei a uma máquina de vendas automática numa estação de comboios na Alemanha... dá realmente que pensar quando vejo nas mesmas estações de comboios, mas em portugal, os mesmos produtos ao dobro do valor cobrados a quem ganha 3 vezes menos.

Quem guardará este lucro?


parte do texto adaptado de: http://www.lusomotores.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1673&Itemid=93