terça-feira, 30 de setembro de 2008

Globalização

Em sequência da mais recente crise económica, envolta em penumbra e gás mostarda:
A globalização é como uma onda do mar, que nunca atinge simultaneamente e por igual, todos os pontos de areia que estão diante de si, mas que mais tarde ou mais cedo, acaba por os tocar a todos (Luís 2007).

Globalização como compressão de duas categorias fundamentais de organização humana, espaço e tempo (Harvey 1989).

The globalization of production and consuption, or the heightened mobility of people, goods, ideas and capital, also creates transnational communities and generates a demand for the skills and out-looks these communities offer (Levit 2001:22).


Moreover, identity has come to supply something of an anchor amidst the turbulent waters of the - industrialization and the large - scale patterns of planetary reconstruction that are hesitantly named “globalization” and “late modernity” (Woodward 1997:312).

Globalização como processo de intensificação brutal de fluxos de capitais mercadorias, ideias, cultura e pessoas à escala mundial e das relações, articulações e dependências que se geram por seu intermédio entre indivíduos e sociedades (Giddens 1990, 2000).

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Quando a noite cai

Circunstancializando o posterior relato: já era tarde, 2 ou 3 da manhã. O casal vai finalmente para a cama, tentar dormir. A conversa que passo a descrever, sucedeu efectivamente.
ela: eu tinha uma professora que ministrava...
ele: ministro vem do latim magister e que tem a ver com magisterium que creio ser função...
ela: ai é?
ele: Mas é engraçado (delirando) que derivado de ministro existe um verbo que é ministrar, o qual nunca é aplicado à circunstância em que actualmente se adjectiva alguém como ministro, ou seja, um titular de uma pasta num governo de estado. Nunca se diz, ou pelo menos não me lembro de ouvir dizer, que o ministro, ministra, no entanto, já é mais vulgar ouvir dizer ou dizer, que um professor ministra. O ministro quanto muito administra (delirando com intensidade)...as palvras sofrem os efeitos dialécticos da mudança que as preênche...tipo a dialéctica Hegeliana, a viagem do espírito, da ideia no seu eu virado para si, a confrontação com a sua alteridade, que irá culminar numa sintese, que de sintética nada tem, pois já contem em si mais momentos, que os estadios que a precederam. Isto é interminável...nunca acaba...o problema do Marx é que a coisa se reduzia muito à luta de classes...chamavam-lhe socialismo utópico! Mais uma vez o latim...topus=lugar, logo utopos é o que não tem lugar...chamavam-lhe o materialismo histórico...
ela: ahhhhhh...bocejou intensamente.
ele: Pois...penso, logo existo!
ela:Pois é...
ele:Esse era um racionalista...tudo estava na razão, já o Locke era um empiriscista, tudo passava pelos sentidos...tudo, mas tudinho mesmo, a teoria da folha em branco ou tábua rasa!
ela:ahhhhhh
ele: Havia ainda uns cépticos...David Hume..blã blá blá, esses duvidavam da capacidade de se produzir saber ou conhecimento. Então apareceram os idealistas...tipo Kant, o paradigma misto entre empiricismo e racionalismo, as categorias àpriori espaço e tempo que enquadram a experiência...
ela:ahhhhhhhhhhhhhhhh
ele:epah! desculpa lá não me calar...mas isto era só para explicar que as palavras têm vida, algo que se assemelha à dialéctica hegeliana, só que neste caso é tipo uma dialéctica Sousurreana, a oposição constante entre palavras, em si vazias de conteúdo, que só adquirem significado pela relação opositiva que estabelecem entre si, no fundo uma visão sistémica, tipo teoria dos vasos comunicantes. Sistema, não como soma das partes, mas sim como soma das relações entre as partes, tás a ver? O mundo e a vida são só movimento criado pelo confronto, oposição, fricção, enfim muita coisa que acabe em ão!! Nada está parado, mesmo quando parece que está...já o Foucault dizia que "o agonismo é uma recalcitrância autêntica do indivíduo"...epah!Por falar neste senhor, heterotopias é um termo dele...mas agora não me lembro...hetero...tem a ver com o outro, tipo se é heterossexual...é porque se sente atraído pelo sexo diferente, por isso...heterotopia tem que ver com diversidade, não achas?
Mas ela já dormia profundamente. Ao menos serviu para algo, pensou o gajo. Boa noite.

sábado, 13 de setembro de 2008

The Clansman / Iron Maiden

Wake alone in the hills
with the wind in your face
It feels good to be proud
and be free and be a race
That is part of a clan
and to live on highlands
And the air that you breathe
so pure and so clean
When alone on the hills
With the wind in your hair
With a longing to feel ..
Just to be free
Is it right to believe
in the need to be free
It's a time when you die
and without asking why
Can't you see what they do
they are grinding us down
They are taking our land
that belongs to the clans
Not alone with a dream
Just want to be free
With a need to belong
I am a clansman .....Freedom
It's a time wrought with fear
it's a land wrought with change
Ancestors could hear
What is happening now
They would turn in their graves
they would all be ashamed
That the land of the free
has been written in chains
And I know what I want
When the timing is right
Then I'll take what is mine
I am the clansman
And I swear to defend
And we'll fight to the end
And I swear that I'll never
be taken alive
And I know that we'll stand
and we'll fight for our land
And I swear that my bairns Will be born free
And I know what I want
When the timing is right
Then I'll take what i want
I am the clansman
Freedom
And I know what I want When the timing is right
Then I'll take what is mine I am the clansman
No, no we can't let them take anymore
No we can't let them take anymore
We've the land of the free
Freedom
Is it right to believe
in the need to be free
It's a time when you die
and without asking why
Can't you see what they do
they are grinding us down
They are taking our land
that belongs to the clans
Not alone with a dream
Just want to be free
With a need to belong
I am a clansman
And I know what I want
When the timing is right
Then I'll take what is mine
I am the clansman
Freedom

terça-feira, 9 de setembro de 2008

intersecções analíticas

Historicamente e em termos de análise teórica, essencialmente a conformada pela bibliografia feminista, a prostituição aparece como uma produção das sociedades patriarcais (as instituições e seus agentes que produzem sujeitos, isto já numa análise post estruturalista), system of sexual subordination and oppression of women, então que dizer das práticas sexuais comerciais/comercializadas que não se ajustam ao paradigma heterossexual, nomeadamente as proporcionadas por transsexuais, travestis ou transgenders?
By those historical and anthropological positions that understand gender as a relation among socially constituted subjects in specifiable contexts. This relational or contextual point of view suggests that what the person “is”, and, indeed, what gender “is”, is always relative to the constructed relations in which it is determined. As a shifting and contextual phenomenon, gender does not denote a substantive being, but a relative point of convergence among culturally and historically specific set of relations (Butler 1990:14)