terça-feira, 6 de março de 2007

O viajante e o não lugar antropológico

Um imigrante é de certa forma um viajante (Simmel), Portugal já foi um país de emigrantes, sendo que neste momento tal parece suceder novamente, no entanto o Portugal de 2007 difere muito do Portugal de há 15 anos atrás, é uma sociedade multi-racial, onde diferentes culturas se encontram, cruzando-se, transformando-se,etc...
Na comunidade que observo (travestis brasileiros que se dedicam à prostituição), quer pela sua constante mobilidade por entre países europeus, quer pela sua situação de clandestinidade, que abraça grande parte dos seu membros, os não lugares antropológicos (Marc Augé), sem referências históricas e relacionais, parecem ser uma constante: os aeroportos, as estações de comboio, de autocarros de longo curso ou então a outro nível, os centros comerciais que avidamente frequentam. De resto, o seu tempo é passado em casas que ocupam temporarimente e onde se dedicam à sua actividade. As permanências são tendencialmente curtas e o circuito inclui Portugal, Espanha, Suiça, Alemanha e itália, maioritariamente.

2 comentários:

sapiens disse...

Será um blog um lugar ou um não lugar antropológico? tendo ele como caracteristicas a não materialidade fisica, a possibilidade de encontro de várias pessoas que embora tenham os mesmos interesses nao se conhecem na realidade? será talvez um misto dos dois lugares?

Anónimo disse...

o virtual é real. existe. o lugar virtual não é inexistente, ele existe. esta aqui entre nós.o lugar, o não-lugar.