Este post não tem teoria específica que o sustente, não tem pretensões a nada...a não ser a de realçar o papel que julgo que a antropologia social e cultural deve desempenhar na sociedade. Com efeito, todo o antropólogo cresce num determinado "sistema" de valores que irá projectar nos diversos fragmentos de realidade que vai observando e aqui reside um aspecto que julgo importante, aquando da escolha de um tema, de um objecto de trabalho. Para mim, esse objecto será tão mais aliciante, quanto mais me confrontar com realidades diversas da minha, querer ser antropólogo, pressupõe pois para mim, uma vontade de nos superarmos enquanto indivíduos e actores sociais. Só ao exercitar a superação dos seus próprios preconceitos, o antropólogo entenderá o seu papel activo na sociedade. Superar preconceitos, será pois uma forma de aproximação mantendo a diferença, promovendo a evolução.
1 comentário:
Concordo. Ser antropologo é como que exercer um acto terapeutico para a mente quer para o próprio quer para a sociedade que o rodeia. Especialmente quando nos lançamos em universos desconhecidos e pré-concebidos socialmente com más conotações.
Não só aprendemos com o outro, como nos superamos e acabamos (agora numa frase muito pouco humilde mas não me interpretem mal) por conseguir ver os humanos de cima como todo um sistema de identidades, guerras , negociações discursivas e não só, separatismos , maldicencias mundanas sustentada por aforismos ignorantes, injustiças e leis "do mais forte" mas que no fundo são essenciais á sua existencia e que acabam por ser o motor da consolidação das práticas sociais e do amor que as pessoas têm nutrem por elas.
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