quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Antroposfera

É com prazer que verifico que se multiplicam na net blogs de conteúdo antropologico ou com esta actividade relacionados, é positivo e demonstrativo de alguma vitalidade no meio. Alguns têm uma óptima qualidade, não desmerecendo os demais, um sobressaiu, captando de imediato e minha atenção, a saber, o "comunidade imaginada". Nos meus passeios cibernauticos deparei-me com outros factos interessantes, nomeadamente a existência de blogs que para além de cumprirem a sua função enquanto tal, constituem-se como instrumentos adicionais de comunicação entre professor e alunos (do autor da oficina da etnografia) , gostei da ideia, embora a minha opinião seja completamente irrelevante. Nos antípodas, verificamos a existência de um outro tipo de blogs, que como todos os outros nascem da necessidade consciente ou inconsciente da troca (comunicação) de palavras, entre quem escreve os posts e quem comenta ou apenas lê, só que neste caso revelando-se como veículos de auto-promoção e simultâneamente como palcos de difusão de ideologias políticas e muitas vezes posicionamentos sociais, tendencialmente ideológicos, revelando enraizadas dinâmicas de poder não assumidas publicamente, enquanto tal, no próprio blog. Seja como for, todos eles revelam que a antropologia está viva, seja através dos aspirantes a antropólogos, antropólogos, professores ou gerontes da antropologia, detentores dos seus (da antropologia) objectos sagrados, no fundo os sacerdotes a quem se deve um respeito especial. O que interessa é que todos andamos por aí e isso é bom.

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