sábado, 24 de fevereiro de 2007
Antropólogo VS político
No meu entender é bastante complicado para um antropólogo ceder a sua posição critica a um ideal ou partido político instituído que no fundo se apresenta como um arquétipo de filosofias mais ou menos puras, e como tal, tão repreensíveis como qualquer modelo ideal ou estático que se procure impor à realidade humana.
Obviamente reconheço que nada se faz sem sonhos, nada se concretiza sem apelos, sem “partidarismos” que concedam força ás causas. No entanto, e digo isto por experiência própria nesta minha igual tentativa enquanto futura antropóloga de ceder (enquanto cidadã) a minha força ás causas que defendo, confesso sentir sérias dificuldades em coadunar a consciência critica e relativista proveniente da minha formação que é por natureza relativista cultural e posicional com as normativas ideológicas que emergem forçosamente dentro dos partidos.
Tendo tomado consciência desta obrigatoriedade moral que parte da minha honestidade para comigo mesma, resta-me continuar apartidária (mesmo após as minhas rudimentares incursões nesse mundo tão atractivo que é a politica) e procurar o derradeiro elo que unifica coerentemente todas as minhas posições perante a realidade, politica, económica, cultural e social…que a avaliar pelo panorama político nacional, terei de ser eu mesma a descobrir.
Original post in www.sapiensgeneboosted.blogspot.com
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Desculpa...mas acho que a coerência é mais um mito...acreditas em sistemas?
Acredito em sistemas ideológicos, a mente humana organiza e idealiza o mundo quase sem erros, a realidade não espelha essa ordem discretizada do continuo. a realidade é continua e cheia de falhas que a cultura, as regras, as normas e os bons costumes da fachada comportamental tentam disfarçar (para nosso conforto, diga-se).
De qualquer das formas para mim o maior mito não é o da coerência , mas sim o da justiça.
quem nos dera que manifesetassem ambas uma materialização tão directa entre significante e significado quanto nos garantem um garfo ou um copo.
... se calhar temos de criar escalas de siginifação para organizar "coerentemente" as realidades ideológicas.. do mais real para o mais imaginário.
que se escrevam então a
coerencia e justiça no extremo da ideologia já!
Quer então dizer que a rebelião contra as ideologias, acaba por ser ela mesma uma ideologia...fonix...mas as ideologias são partilhadas por massas...será que quem é contra as ideologias é contra as massas?
não digo mais nada, estou a ficar confuso.
Enviar um comentário