terça-feira, 9 de setembro de 2008

intersecções analíticas

Historicamente e em termos de análise teórica, essencialmente a conformada pela bibliografia feminista, a prostituição aparece como uma produção das sociedades patriarcais (as instituições e seus agentes que produzem sujeitos, isto já numa análise post estruturalista), system of sexual subordination and oppression of women, então que dizer das práticas sexuais comerciais/comercializadas que não se ajustam ao paradigma heterossexual, nomeadamente as proporcionadas por transsexuais, travestis ou transgenders?
By those historical and anthropological positions that understand gender as a relation among socially constituted subjects in specifiable contexts. This relational or contextual point of view suggests that what the person “is”, and, indeed, what gender “is”, is always relative to the constructed relations in which it is determined. As a shifting and contextual phenomenon, gender does not denote a substantive being, but a relative point of convergence among culturally and historically specific set of relations (Butler 1990:14)

1 comentário:

Zé Camões disse...

É um tema bastante pertinente, a transacção do corpo por dinheiro, não mencionando todo o acto legal da prática da prostituição, nem os problemas adjacentes desta, atrevo-me a dizer que a matéria é envolta de controvérsia.
Não creio que a prostituição seja apenas uma questão de dominância, onde um sexo domina outro, pois o que inviabiliza isso mesmo é a prostituição masculina, que é muitas vezes solicitada por mulheres.
Assim se seguirmos este raciocínio, e não entrando nos elementos motivadores da prática supra mencionada, podemos descartar em parte o aspecto de dominância de um género sobre o outro.
Deste modo a prostituição praticada por indivíduos transexuais pode e deve ser situada nas “leis do mercado" (procura e oferta), descartando de vez a hipótese de hegemonia sexual.