quinta-feira, 28 de agosto de 2008

TÓPICOS/TRANSSEXUALIDADE

The writings of Butler and Garber have defined the terms of debate on transgendered people within American cultural studies of 1990s: terms wherein transvestites and transsexuals function as rhetorical figures within cultural texts; terms wherein the voices, struggles, and joys of real transgendered people in the everyday social world are noticeably absent (...) The presentation of transgendered issues within queer theory does not account for the quotidian living conditions of transgendered people. The political objections to this field are clear: queer theory begins it analysis with little thought of the individuals designated as the objects of study. At best this perspective is an unfortunate and unacceptable oversight; at worst, it belies a kind of academic inquiry that is contemptuous and dismissive of the social world(Namaste 2000:16).
By attending to the ways in which knowledge about sexuality is organized in law, medicine and sexology, Foucault shows how specific sexual identities, such as that of the homosexual, have been manufacturated in a variety of institutions (idem:17).

Para Foucaul todas as identidades são produzidas pelo poder, o poder tem uma natureza produtiva e controladora (idem:17), ao ponto da homossexualidade se ter servido dos mesmos discursos que a discriminavam, para se legitimar. Foucault chamou a este processo de uso da linguagem de reverse discourse (Foucault 1978 in Namaste 2000:17).
Foucault em L´Histoire de la Sexualité e Derrida em De La Grammatologie colocam questões de como o discurso acaba por produzir o seu próprio sujeito, o primeiro referindo como os homossexuais foram produzidos pelo próprio discurso médico e jurídico (reverse dircourse) e Derridas como os Nambikwaras (estudados por Lévi-Strauss) são trazidos a uma existência social através dos nomes próprios, in both instances, the inquiry concerns itself with the social institutions and taxonomic practices that produces subjects (idem:20-21).
Outra abordagem, é a etnografia institucional:
Like Smith and O´Brien, Ng´s study focus on the institutional relations that order the experience of their subjects (idem:48).

George Smith begins with the everyday experiences of seropositive people and goes to outline how theses experiences are not addressed within the Ontario government´s management of AIDS epidemic. This is a reflexive approach to sociology, wherein the experiences, perceptions, and needs of the community under investigation occupy a central component of the research (idem:48).

Janice Raymond sustenta a posição de que os transsexuais foram fabricados pela medicina, In her view, psychiatric evaluation as well as the availability of surgery function to produce transsexuals (idem:33).

Sociólogos como Dwight Billings e Thomas Urban advogam igualmente a posição de Janice Raymond, incluindo aqui um elemento económico, o de que a indústria capitalista da medicina criou a transexualidade, nomeadamente através das intervenções cirúrgicas, como por exemplo a amputação genital (idem:33 e Billings e Urban 1982:272-273).


1 comentário:

Zé Camões disse...

Não tendo tempo para me alongar, uma vez que estou sem tempo, eu acredito que o género é criado pela própria pessoa, assim como na sociedade dos Vezo, onde a criança quando nasce, nasce sem género, tendo apenas um sexo, a sua sexualidade fica por definir.
Mais tarde ela identifica-se com homem, mulher, ou s´rampela.
A sexualidade, mais própriamente a identidade sexual,sempre foi uma questão tábu, nomeadamente na nossa cultura ocidental.
Peço desculpa por ser tão breve, e nada explicito, mas deixei só este comentário por simpatia, mas estou cheio de pressa.
Abraço.