Crescemos, a maioria de nós, enliados em verdades absolutas e dogmáticas: Deus existe, o Ocidente é o berço e o acordar da civilização, a economia é um paradigma intocável e inalterável, os países de terceiro mundo nunca passarão a segundo e muito menos a primeiro, isto e muito mais, deu-nos a sensação de segurança que nos permitia olhar o presente, como se ele fosse ao mesmo tempo, presente, passado e futuro. Esquecemos, a maioria de nós, de olhar para trás e constatar , por exemplo, que os E.U.A. têm cerca de duas centenas de anos, que muitas civilizações importantes se localizaram fora da Europa, a Inca, a Azteca, a Egípcia, etc, e que a história está repleta de vertiginosas ascenções e muito mais rápidas implosões catastróficas e que o conceito de "Terceiro Mundo" foi estabelecido pelo demógrafo francês Alfred Sauvy, em 1952 e utilizado em 1955 na conferência de Bandung. O que todas estas presunções têm em comum? O facto de serem apenas verdades históricas, seus produtos e não verdades naturais ou não inventadas ( se é que as não inventadas são passíveis de conhecimento).
1 comentário:
O caricato, para mim, é que uma verdade histórica é apenas uma versão de uma história contada de um determinado modo. Não se nega que algo se tenha passado de determinado modo, não é isso que afirmo, mas que o que se passou de determinado modo não conta a pluralidade de acontecimentos simultâneos aos que são relatados. Em suma a história é uma forma de tentar compreender a existência como outra qualquer, sociologia ou filosofia por exemplo, mas as verdades históricas são quase sempre apenas a ponta do iceberg e nada mais.
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