Passei para deixar uma dica para um excelente filme do realizador Jorge Paixão da Costa.
Um filme origem portuguesa, sobre a história portuguesa.
Uma reflexção sobre o Portugal dos finais do século XIX que discorre sobre as várias acepções da colonização e tece uma forte critica á alta sociedade de então... tudo em torno do MISTÉRIO da estrada de Sintra...
Um filme origem portuguesa, sobre a história portuguesa.
Uma reflexção sobre o Portugal dos finais do século XIX que discorre sobre as várias acepções da colonização e tece uma forte critica á alta sociedade de então... tudo em torno do MISTÉRIO da estrada de Sintra...
Por ter sido escrito entre a pena de Eça de Queiróz e a de Ramalho Ortigão segue uma bela passagem do seu texto adaptado ao filme.
"Conde Jorge Valadas -- pois saiba que os portugueses e as portuguesas dizem muitas coisas e fazem muitas mais, e quanto a impérios, ainda está para vir um que não caia.
Capitão Rytmel -- Ainda no outro dia me disse que os ingleses tinham feito um trabalho verdadeiramente civilizador na índia, uma transformação muito fecunda
Vasco -- Eu bem gostava de saber que transformação fecunda foi essa? que transformou toda aquela poesia quase de marfim numa coisa chata, trivial e suja de carvão e que trata a doce raça dos índios como se fossem cães irlandeses, e ensina-os a jogar criquet, e faz belíssimos cruzeiros sobre o Ganges destronando os seus legítimos reis enquanto que do outro lado do mundo sua majestade lhes envia uns sujeitos de suíças, crivados de dividas, que vão deportados governar quem lhes é mil vezes superior.
E quem é que faz tudo isto capitão Rytmel? ; a sua Inglaterra!
uma ilha feita, metade de gelo, e a outra metade de gordura e rosbife; habitada por piratas de colarinhos altos e odres de cerveja!"
"Conde Jorge Valadas -- pois saiba que os portugueses e as portuguesas dizem muitas coisas e fazem muitas mais, e quanto a impérios, ainda está para vir um que não caia.
Capitão Rytmel -- Ainda no outro dia me disse que os ingleses tinham feito um trabalho verdadeiramente civilizador na índia, uma transformação muito fecunda
Vasco -- Eu bem gostava de saber que transformação fecunda foi essa? que transformou toda aquela poesia quase de marfim numa coisa chata, trivial e suja de carvão e que trata a doce raça dos índios como se fossem cães irlandeses, e ensina-os a jogar criquet, e faz belíssimos cruzeiros sobre o Ganges destronando os seus legítimos reis enquanto que do outro lado do mundo sua majestade lhes envia uns sujeitos de suíças, crivados de dividas, que vão deportados governar quem lhes é mil vezes superior.
E quem é que faz tudo isto capitão Rytmel? ; a sua Inglaterra!
uma ilha feita, metade de gelo, e a outra metade de gordura e rosbife; habitada por piratas de colarinhos altos e odres de cerveja!"
UM FILME A NÃO PERDER.