segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

antropo-contexto

Isto tem andado parado, nem sempre estamos na disposição de dispôr dos nossos pensamentos, devaneios, ou até de dados mais objectivos colhidos e observados. Não obstante, tal não significa que se tenha parado, na verdade parece que dentro de sensivelmente três meses, o meu primeiro artigo será publicado, num livro em que doutorandos resumem num texto de reduzidas dimensões as suas mais vastas investigações de doutoramento. Um pouco ao acaso, o meu percurso académico encarregou-se de me direccionar para as questões de género, enquadradas num mundo cada vez mais pequeno e apertado, em que a estratégia geo-política mudou por completo e nos casos em que não mudou, irá mudar por força das circunstâncias. Já nada se produz para durar, neste mundo em que o distante se tornou próximo, parece impor-se uma consciência de que a mudança é a essencia do social, ainda que tal, por algum motivo e nalguns casos não se consiga vislumbrar. O evoluir dos acontecimentos políticos, económicos e sociais demonstram que quase premomitoriamente, o "futebol português" tinha razão: o que hoje é verdade, amanhã pode não ser ou seja: nunca digas nunca, na medida em que os alicerces de todas as culturas se mostram frágeis, tão frágeis como o tempo finito que lhes deu origem. O contexto nunca fez tanto sentido, com a ressalva de que ele é cada vez mais circunstancial.