tag:blogger.com,1999:blog-2232042914050236800.post1174117784658756834..comments2023-07-06T20:36:15.322+01:00Comments on ANTROPO-REFLEXÕES: Dados sobre a imigraçãobela lugosi`s dead (F.JSAL)http://www.blogger.com/profile/16353911550555340762noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-2232042914050236800.post-62615896176894724072007-11-14T12:54:00.000+00:002007-11-14T12:54:00.000+00:00Ora aqui está um tema pertinente, indiscutivelment...Ora aqui está um tema pertinente, indiscutivelmente importante e em certa medida problemático.<BR/><BR/>Isto porque na minha óptica, quando falamos de imigração deveríamos de pensar sobretudo no controlo dessa mesma imigração. <BR/><BR/>Muitas vezes tendemos a pensar o bem imediato e a esquecer as implicações a longo prazo e aqui o potencial problema ganha contornos quando nos debruçamos sobre o fenómeno da imigração ilegal. <BR/><BR/>A imigração ilegal deveria, segundo penso, ser fortemente combatida, não no sentido xenófobo ou anti-imigracionista que muitas vezes é atribuído a quem defende esta posição, mas sim no sentido da justiça social e da sustentabilidade dos sistemas. <BR/><BR/>Primeiro porque a imigração ilegal apenas beneficia as empresas privadas que usufruem do trabalho semi-escravo e sem direitos ou responsabilidades para o patronato. O estado por seu lado é lesado na ausência de impostos que lhe deveriam de ser pagos pelo trabalho realizado por estas pessoas "fantasma".<BR/><BR/>Depois porque para além de alguns casos de flagelo humano destes imigrantes estamos a gerar um problema de sustentabilidade a médio prazo, se pensarmos que pessoas que embora tenham trabalhado não fizeram os devidos descontos para a segurança social. O resultado, especialmente no contexto de iminente falência do sistema das prestações públicas revelar-se-á problemático, não agora que as populações recém chegadas são altamente produtivas, mas sim quando estas começarem TAMBÉM a envelhecer. <BR/><BR/>Põe-se então a questão: Será que no futuro os seus descendentes serão capazes (e disponíveis) de assegurar o envelhecimento dos pais com dignidade sem o auxílio do estado?<BR/><BR/>Esta questão é um problema real e actual para as gerações presentes de pessoas nascidas em Portugal, muitas delas descontaram, algumas pouco por ignorância ou por "despreocupação " dos patrões, e a verdade é que muitos dos nossos idosos estão já a sobreviver da caridade familiar uma vez que as prestações sociais do estado são ínfimas. <BR/><BR/>Resta-nos também perguntar como é que estes fenómenos se articulam com o gorar de um sonho e de um projecto individual de melhoria das qualidades de vida que acompanham qualquer imigrante? E também como é que tudo isto se articula com a própria cultura da independência e de um certo individualismo que as pessoas estão actualmente a perder em termos reais, mas que mantêm no imaginário como objectivos e estilos de vida.<BR/><BR/>É nesta medida que penso que a imigração deveria de constituir um plano prioritário e seriamente elaborado pelos governos com vista à sustentabilidade dos sistemas mas também à sua saúde e coesão. É assim que já o fazem a Austrália, o Japão ou o Canadá ao invés de deixarem a questão da imigração ao sabor da inércia.sapienshttps://www.blogger.com/profile/11549406696819959030noreply@blogger.com